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Câmara de Vereadores de Mallet aprova contratação de profissionais da saúde e educação, mas gera polêmica com novos cargos comissionados

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Na segunda-feira, 27 de janeiro, os vereadores de Mallet se reuniram no Palácio 21 de Setembro para a segunda sessão extraordinária de 2025. Na pauta, a votação de Projetos de Lei de autoria da Prefeitura Municipal, com destaque para a contratação de 17 profissionais da saúde e 15 professores para suprir a demanda do ano letivo.

Entretanto, o que gerou revolta entre alguns vereadores foi a inclusão, no mesmo projeto, da criação de novos cargos comissionados, como Diretor de Agropecuária e Abastecimento, Diretor de Estradas e Vicinais, Diretor de Expediente e Chefe de Unidade Administrativa entre outros. 

Os vereadores Jossoel Nicolaico – Léo (PSD) e Edinei Rogulski (PSD) argumentaram que esses cargos deveriam ser apreciados separadamente, para uma melhor análise.

Segundo eles, mesmo discordando da criação dos cargos, tiveram que votar a favor devido à urgência da contratação de profissionais da saúde e educação.

Outra crítica levantada foi a inclusão da criação de uma nova Secretaria Municipal a de Relações Institucionais e Governamentais, o que poderia gerar mais despesas aos cofres municipais. 

O vereador Edinei Rogulski manifestou preocupação com o impacto orçamentário, afirmando que o custo anual da nova secretaria ultrapassaria R$ 100 mil.

“Sou contra a criação de mais uma secretaria municipal. Acho que o prefeito tem que ir mais devagar, esperar mais uns 6 meses ou 1 ano para ver como será o impacto desta folha de pagamento, pois todos sabem que 25% do orçamento vai para a educação e 15% para a saúde, mas chega no mínimo a 25% pela necessidade da nossa população, sendo assim chegando a 50% da nossa arrecadação e mais a folha de pagamento. E cadê o dinheiro pra investir em contrapartidas e nas obras do nosso município?”, questionou Rogulski.

Outro ponto discutido foi o Projeto de Lei número 03/2025, que altera a estrutura da Procuradoria Municipal, criando um novo quadro de vagas, plano de carreira, cargo e vencimentos. 

O vereador Léo criticou a votação em sessão extraordinária e destacou sua indignação com a diferença salarial entre categorias

“Não sou contra uma alteração salarial justa, mas vindo com essa alteração, onde aumenta de 9 mil para mais de 14 mil reais e, além desse aumento instituído pelo Executivo, pode ter um aumento de FG no valor de R$ 2.440,49, podendo chegar a 17 mil reais. Se for fazer uma lógica, quando um procurador se aposentar, pelo plano de carreira ele tem mais de 200% de aumento, enquanto os demais servidores da Prefeitura poderão chegar somente a 30% no final da carreira”, explicou Léo aos demais presentes.

Em contraponto, o vereador Cristiano Perepelicia (União Brasil) justificou a progressão salarial, destacando que todos os servidores têm direito a ela.

“Nenhum funcionário quer perder a sua progressão, nem professor, nem o pessoal de obras. Todos têm a sua progressão. Infelizmente, para uns é mais, para outros é menos. Não cabe a mim dizer se está certo ou errado”, frisou Perepelicia.

Ainda durante as discussões finais, os vereadores destacaram um caso específico em que um servidor efetivo recebeu o cargo de Secretário Municipal e uma gratificação de 50% do seu salário. Os parlamentares argumentaram que essa prática não seria justa com os demais servidores, que exercem funções de grande responsabilidade e recebem salários menores sem gratificação adicional.

Em resumo, o projeto foi aprovado por 6 votos a 1.  Votaram a favor os vereadores Tiago José Rodrigues (PODEMOS), Serjo Gryczak (PODEMOS), Sérgio Kojatek (PSD), Paulo Cirineu Basniak (União Brasil), Cristiano Perepelicia (União Brasil) e Edinei Rogulski (PSD). O vereador Jossoel Nicolaico – Léo (PSD) votou contra, e o vereador Shumaker (Progressistas) não esteve presente na sessão extraordinária.

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