A Polícia Civil continua investigando o feminicídio da adolescente Pamela Gabrielly Lins, ocorrido em General Carneiro. O crime, cometido por Adenir Rodrigues da Silva, pai adotivo da vítima, ganhou novos desdobramentos com a prisão de Rosane Padilha, namorada do autor, por destruição de provas.
Agora, a polícia também apura a possibilidade de seu envolvimento direto no assassinato.
Dinâmica do Crime e Investigação
Pamela Gabrielly Lins foi assassinada no último domingo, 25, por estrangulamento. A perícia descartou afogamento, pois não havia sinais de água nos pulmões. Após cometer o crime, Adenir jogou o corpo da jovem em um rio na localidade de Salto Lili e tentou despistar as autoridades registrando um boletim de ocorrência sobre seu desaparecimento.
Testemunhas relataram que o homem mantinha uma relação abusiva com Pamela e que, no dia do crime, um desentendimento por ciúmes teria ocorrido durante uma confraternização.
Na quarta-feira, 29, Adenir gravou um vídeo confessando o crime e, em seguida, cometeu suicídio. No vídeo, ele afirmou que Rosane não teve participação no assassinato e mencionou que deixaria bens para ela.
No entanto, as investigações revelaram que Rosane pode ter tido um papel mais ativo na tentativa de ocultar o crime.
Prisão de Rosane e Suspeita de Envolvimento
Na quinta-feira, 30, Rosane Padilha foi presa em flagrante após ser flagrada queimando objetos de interesse da investigação, como cordas, cabos, cartas, bilhetes e outros pertences pessoais na casa onde o crime ocorreu.
Entre os itens queimados, a polícia identificou possíveis provas que poderiam esclarecer detalhes da execução do feminicídio.
A ação de Rosane foi denunciada por testemunhas, que acionaram a polícia ao perceberem a destruição das evidências. Os agentes chegaram rapidamente ao local e impediram que mais provas fossem eliminadas.
Inicialmente, Rosane alegou ter sido ameaçada por Adenir para ocultar informações. No entanto, sua tentativa de destruir provas e a apresentação de uma versão falsa dos acontecimentos à polícia levantaram novas suspeitas.
A polícia agora investiga se Rosane teve apenas um papel na obstrução da justiça ou se sua participação no feminicídio foi mais direta.
Rosane responderá por fraude processual, mas as investigações continuam para esclarecer se ela esteve envolvida na execução do crime.
A destruição deliberada de evidências e sua proximidade com Adenir no dia do assassinato reforçam as suspeitas sobre seu verdadeiro papel no caso.
Confira a entrevista do Delegado Thiers Andregotti, para o Canal 4 TV: