Três acusados pela morte de um grupo de trabalhadores em Joinville, foram condenados nesta quarta-feira, 16, em julgamento realizado no Fórum da Comarca catarinense. As penas, somadas, ultrapassam 350 anos de prisão.
O crime ocorreu em 8 de janeiro de 2023, nos bairros Morro do Meio e Vila Nova. Recrutados por uma empresa de Joinville que prestava serviços terceirizados de poda de árvores, o grupo de trabalhadores morava em uma casa alugada no bairro Morro do Meio.
Além do alojamento, o imóvel era utilizado também como depósito e refeitório. Os trabalhadores eram oriundos das cidades de Cruz Machado, União da Vitória e, três deles eram de Palmas.
Naquela noite, um dos trabalhadores foi até um bar próximo e teria tentado se envolver com uma mulher de 19 anos, companheira de um líder de uma facção criminosa. Ao tomar conhecimento do assédio, ele chamou mais oito integrantes de sua organização criminosa e foram até ao alojamento.
Ao entrar no local, o grupo armado encontrou o acusado de assédio na cozinha. Ao ser identificado pela mulher, ele foi morto. O líder do grupo ordenou que não deixassem testemunhas. Dos 10 moradores da casa, três estavam do lado de fora e pularam o muro após perceberam a invasão.
Horas depois, os três que haviam fugido retornaram ao alojamento, sendo surpreendidos pelos criminosos que ainda estavam no local. Eles foram amarrados e colocados em um carro que servia de transporte para o trabalho. No caminho, o carro da empresa teve um problema mecânico.
Eles ficaram com as mãos amarradas. Antes dos executores retornarem em outro carro, os três conseguiram fugir. Porém, um deles ficou perdido, foi encontrado e assassinado.
Os outros seis colegas foram mortos a tiros e foram levados em outro carro para um local escondido dentro de uma mata, onde seus corpos foram carbonizados.
Como houve uma grande mobilização policial nas semanas seguintes no bairro, impedindo a venda de drogas, a cúpula da facção teria condenado à morte a mulher envolvida no crime. Ela nunca mais foi vista.
Quem são as vítimas
As vítimas estavam em Joinville a trabalho, onde viviam em um alojamento. Elas eram naturais de Palmas e Cruz Machado, foram identificadas como: