No posto, a médica que a atendeu receitou uma dose de Benzetacil, medicamento injetável que trata, entre outras doenças, de inflamações na garganta. A injeção tem fama de ser uma das mais doloridas. Veridiane diz que nem sabia qual era o medicamento. Certa de que a injeção aliviaria a dor da filha, voltou a deixá-la na casa da babá.
Poucos minutos depois, o estado de Melissa piorou. A mãe saiu do trabalho e foi ver a filha, que já apresentava manchas roxas pela perna.
Veridiane levou Melissa novamente ao posto, mas a médica falou que era alergia. Tranquilizada pela profissional, a mãe levou a filha para casa. Quando seu marido, o pedreiro Jucélio Pereira, chegou no fim do dia em casa e viu que a suposta alergia só aumentava, decidiu levar Melissa ao Pronto Atendimento de Três Barras. O médico que a atendeu falou que era “uma simples alergia” e passou medicamento antialérgico para ela tomar. Já bastante preocupado, o pai perguntou o tempo de reação do remédio. “Ele (o médico) falou apenas que é médico e não tem bola de cristal”, conta Odilene Aparecida Monteiro da Silva, madrinha de Melissa. Os pais da menina estavam tão abalados que não conseguiram conversar com a reportagem, confiando a Odilene o relato dos fatos.
Sem alternativa, os pais voltaram para casa. Melissa seguia chorando e o aspecto arroxeado da perna da menina só aumentava. No sábado, 31, a situação só piorava e foi então que os pais retornaram ao Pronto Atendimento de Três Barras. Outra médica os atendeu e, assustada com a gravidade do caso, encaminhou Melissa de imediato para o Hospital Materno Infantil Jesse Amarante, de Joinville.
Segundo a família, Melissa teve duas paradas cardíacas no caminho. No hospital, foi feita uma tomografia que atestou que a circulação da perna da menina estava comprometida e que seu coração e fígado estavam parando. Segundo a família, os médicos disseram que provavelmente a injeção foi aplicada na veia ou artéria femoral da menina. Ela foi levada imediatamente para o centro cirúrgico. Naquele sábado, 31, ela faria a primeira de uma série de cinco cirurgias.
No domingo, dia 1º, não houve alternativa a não ser amputar a perna da menina. A amputação chega a virilha de Melissa. “Fizeram quatro cirurgias para tentar manter a perna dela, mas não foi possível. Na quinta cirurgia os médicos disseram que precisavam evitar trombose, que era a vida dela ou a perna. Entre a vida e a perna, preferimos a vida dela”, conta a madrinha.
A reportagem ouviu enfermeiros e profissionais da medicina que explicaram que não é errado aplicar Benzetacil na perna de crianças, dado o fato de que os músculos das nádegas não estarem bem desenvolvidos. Contudo, a agulha tem de ser aplicada em um ponto específico do músculo, evitando atingir artérias, veias e ligamentos. A injeção tem de ser aplicada na região chamada vasto lateral da coxa.
RECUPERAÇÃO
Os médicos monitoram Melissa a todo momento. Eles buscam evitar que a perna direita da menina também seja comprometida. Melissa, que não tinha histórico de nenhuma doença, faz agora sessões contínuas de hemodiálise.
Os médicos estimam que ela precisará ficar internada por pelo menos dois meses, o que demanda dedicação total dos pais, que alugaram um apartamento em Joinville.
Como tem origem humilde, a família criou duas vaquinhas virtuais para tentar arrecadar dinheiro para mantê-los na cidade. As chaves pix para fazer doações são: melissaluara11@gmail.com e 096.892.999-05, em nome de Veridiane Aparecida Alves de Lima.
CONTRAPONTO
A reportagem entrou em contato com a assessoria jurídica da prefeitura de Três Barras. O Município informou que deve emitir uma nota oficial sobre o caso assim que estiver concluída a apuração técnica do ocorrido.
A médica que receitou a injeção entrou em contato com a reportagem e negou que tenha atendido a criança uma segunda vez.
Uma menina de 8 anos caiu do terceiro andar do prédio onde mora, no centro de União da Vitória, na manhã desta sexta-feira, 8. O chamado chegou à equipe dos Bombeiros por volta das 9h18, relatando a queda de uma pessoa de um plano elevado.
De acordo com testemunhas que auxiliaram no resgate, a queda foi parcialmente amortecida por um carro estacionado na rua, o que pode ter ajudado a reduzir a gravidade dos ferimentos.
A menina sofreu lesões na região da boca e foi imediatamente encaminhada ao Hospital Regional.Após o atendimento inicial, ela está sendo transferida para a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI) para cuidados adicionais. Até o momento, o quadro de saúde da criança não foi divulgado pelas autoridades.
As circunstâncias do acidente estão sendo investigadas.
Após o atendimento inicial, ela está sendo transferida para a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI) para cuidados adicionais. Até o momento, o quadro de saúde da criança não foi divulgado pelas autoridades.
As circunstâncias do acidente estão sendo investigadas.
Na manhã desta quinta-feira, 07 de novembro, foi registrado um acidente na Rodovia do Xisto (BR-476), no município de Lapa. Uma carreta, com placas de União da Vitória, tombou no km 238, nas proximidades do restaurante Bezerrão. A carga do veículo era composta por papelão, e o acidente provocou a interdição parcial da pista.
Segundo informações preliminares, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já está em deslocamento para o local, e mais detalhes sobre a ocorrência serão divulgados em breve.
Ainda de acordo com a PRF, outro incidente foi registrado na mesma rodovia, desta vez no km 226, onde uma carreta fez “L” em uma curva, complicando o tráfego na região. Equipes da PRF seguem no atendimento das ocorrências.
Mais informações sobre as condições do tráfego e a evolução dos atendimentos serão fornecidas conforme o andamento dos trabalhos de resgates e retiradas dos veículos acidentados.
Em 2025, fornecedores do Estado do Paraná poderão receber os pagamentos diretamente em conta de qualquer instituição financeira, proporcionando maior flexibilidade e liberdade na escolha do banco. A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (07) pelo Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda.
O Tesouro Estadual está desenvolvendo, por meio do Sistema Único e Integrado de Execução Orçamentária, Administração Financeira e Controle (Siafic), nova operação para efetuar transações financeiras via PIX aos fornecedores do Estado do Paraná. Atualmente este processo é feito por meio de transferências bancárias. A mudança entrará em fase de teste ainda este ano.
Até o momento, a modalidade do PIX funciona apenas para recebimento de impostos, taxas e contribuições, o que reflete no compromisso do governo paranaense com a modernização dos processos financeiros e a eficiência na gestão pública.
De acordo com o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é de modernizar e agilizar o processo para suprir as pendências de pagamentos, oferecendo uma solução mais rápida, eficiente e segura. “Uma das principais vantagens dessa implementação é a eliminação da necessidade de os fornecedores manterem contas correntes no mesmo banco vinculado ao do Estado do Paraná, além de ser um mecanismo que traz mais segurança nas transações, pois elas também passam pelo sistema do Banco Central do Brasil”, afirma.
Tal medida se soma ao conjunto de iniciativas que buscam melhorar a gestão fiscal e a transparência no uso dos recursos públicos, beneficiando tanto o Estado quanto seus parceiros e fornecedores. “Essa mudança facilita o acesso aos recursos, diminui custos e amplia a conveniência para os fornecedores, que podem gerenciar suas finanças de maneira independente, especialmente os pequenos empreendedores que buscam incrementar suas vendas atendendo as demandas dos órgãos estaduais”, esclareceu a diretora do Tesouro Estadual, Carin Deda.
Com a nova forma de quitação das obrigações e a manutenção do processo de transferência de valores, os milhares de pagamentos realizados diariamente terão maior agilidade, maior segurança nas transações e uma significativa redução de custos operacionais, tanto para o Estado quanto para os fornecedores.