Um trabalho de resgate genético iniciado pela Embrapa Florestas pretende, por meio da técnica de enxertia, clonar a araucária de 750 anos, que desabou no Paraná, e, assim, possibilitar o plantio de árvores geneticamente idênticas à árvore gigante. Nesta segunda-feira (6), o pesquisador Ivar Wendling esteve na propriedade e coletou brotos para realizar o procedimento, além da coleta de material para o Laboratório de Micropropagação, que vai realizar estudos sobre a viabilidade da clonagem in vitro.
A maior araucária do Paraná, que ficava em uma propriedade rural em Cruz Machado, caiu no domingo (29). A árvore, com 42 metros de altura, circunferência à altura do peito de mais de seis metros, e idade estimada, segundo informações da Prefeitura Municipal, em mais de 750 anos, não resistiu às fortes chuvas que atingiram o estado.
“O impacto de ver uma gigante destas caída é muito grande”, revelou Wendling, “mas fico feliz em podermos estudar melhor a árvore e realizar sua clonagem”. A técnica é simples, mas exige acesso a brotos da copa, que podem originar os chamados enxertos “de galho” ou “de tronco”.
Wendling explica que “a araucária é a única árvore do Brasil que tem galho e tronco separados com muita clareza. Então, dependendo de onde tiramos o broto, teremos diferentes características da planta que vai surgir”. A araucária de galho dará origem a uma “mini araucária”, que vai chegar a, no máximo, 3 a 5 metros de altura. “Como esta árvore é fêmea, teremos mini araucárias que produzem pinhões”, explica o pesquisador.
“Mas, seus pinhões, vão originar árvores de tamanho ‘normal’”. Já os enxertos “de tronco” vão dar origem a árvores “normais”. “Possivelmente os clones desta árvore não chegarão à mesma altura, pois coletamos brotos maduros, mas a sua genética vai permanecer”, esclarece Wendling.
Mesmo com a idade e altura fora do comum, a araucária gigante de Cruz Machado estava bastante ativa: “ao chegar ao local, nos deparamos com inflorescências e pinhas em formação, indicando que a árvore ainda estava em idade reprodutiva”, comemora o pesquisador. No entanto, seu tronco já estava completamente oco, o que vai impedir a retirada de discos de madeira e a efetiva contagem de anos da árvore.
“O Laboratório de Dendrocronologia da Embrapa Florestas poderia calcular a idade da árvore com mais assertividade, mas árvores mais velhas como esta geralmente formam ocos em seu interior e, sem podermos chegar ao cerne, não é possível a efetiva contagem dos anéis de crescimento”, explica.
Mas a pergunta que fica é: ‘como ela ainda estava viva se o seu interior estava oco?’. Wendling explica que o interior do tronco da árvore serve para a sustentação de sua estrutura, mas a seiva, que alimenta a árvore, corre muito próxima à casca. “E é por isso, possivelmente, que ela sucumbiu às fortes chuvas e ventos: com o interior oco, não havia sustentação”.
Se os brotos serão viáveis para os enxertos darem certo ainda é uma incógnita. “Procuramos vir o mais rápido possível e conseguimos coletar muitas brotações de galho, mas poucas de tronco, que são realmente mais difíceis de conseguir”, explica. “Mas, sendo viáveis, esperamos em breve levar para a proprietária da área e para o município de Cruz Machado diversas mudas para serem plantadas tanto na área onde a araucária gigante caiu quanto em outros locais do município. Também esperamos enriquecer o banco genético de araucárias que temos na Embrapa Florestas”, salienta Wendling.
Para Silmar Kazenoh, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Cruz Machado, “além de ser o símbolo do Paraná, tínhamos o privilégio de ter a maior do estado, que recebia muitas visitas. O trabalho de enxertia será importante para termos clones deste material”.
Eloísa Bradoski Vojciechovski, 50 anos de idade, estava desaparecida desde quinta-feira, 30 de novembro, e foi encontrada sem vida durante a madrugada deste sábado (02).
A família de Eloísa pediu ajuda para localizar a diretora no início da noite de sexta-feira (01).
Segundo informações, uma amiga estaria auxiliando nas buscas e achou o carro atrás do Salão Paroquial da Igreja Matriz na área central de Porto União.
As autoridades foram acionadas e confirmaram a morte. O corpo foi encaminhado para o IML.
Eloisa era casada e diretora da Escola São Bernardo do Campo em Porto União.
A equipe do Corpo de Bombeiros esteve atendendo a uma ocorrência de incêndio em um estufa de fumo na localidade da Colônia Escada, interior da cidade de Irineópolis. A situação aconteceu por volta das 03h40 da madrugada dessa sexta-feira (01).
Conforme informações, o proprietário estava dormindo quando ouviu o apito de aviso de uma das estufas para repor a lenha no forno. Ao deslocar, constatou que havia excesso de fumaça saindo pelas frestas da outra estufa e constatou o fogo.
Nesse momento, ele recebeu ajuda de familiares e sua filha ligou para uma amiga acionar os Bombeiros. Quando a equipe chegou ao local, o incêndio já estava em fase de diminuição.
Ao todo, foram utilizados aproximadamente 2 mil litros de água para conter a situação em uma ação de cerca de 1h30m. A estufa possuía uma área aproximada de 48 m², sendo que toda a cobertura da mesma veio a queimar e as paredes ficaram comprometidas.
Ele estava em uma Toyota Hilux com placas de Cruz Machado (PR) que colidiu contra uma carreta na altura do Rio da Areia. Após a batida a caminhonete saiu da pista e tombou.
Quando os bombeiros chegaram no local, Cleverson já estava morto. Ele estava encarcerado nas ferragens.
Também estava na Hilux uma mulher de 27 anos que apresentava ferimentos no ombro direito e boca. Ela recebeu os primeiros atendimentos no local e foi encaminhada para o Hospital São Vicente de Paulo.
A carreta era conduzida por um homem de 52 anos que nada sofreu.
O local foi isolado pela Polícia Rodoviária Federal até a chegada do Instituto Médico Legal. O corpo foi encaminhada para perícia.
O sepultamento de Cleverson aconteceu nessa quarta-feira (29), no Cemitério 15 de Novembro, em Cruz Machado.